Exportação atingem mais de 27 milhões de dólares americanos no I trimestre 2022.

A exportação das mercadorias produzidas em Angola afecto ao Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI ) atingiram no primeiro trimestre de 2022, 27,1 milhões de dólares norte americano, segundo dados publicados no site da Agência Geral Tributária (AGT).

De acordo com a fonte, Angola apenas exportou 27,1 milhões USD em mercadorias do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI) no I trimestre deste ano, ainda assim, representa um crescimento de 75 porcento, face ao mesmo período de 2022, quando foram vendidos para o estrangeiro mercadorias no valor de 15,5 milhões USD.

A AGT não indica as zonas de destino das exportações, nem a origem das importações angolanas, mas, no entanto, os dados publicados no seu site, indicam que as embalagens de vidro, clinquer, farinha de trigo, banana e feijão fazem parte do pacote de produtos da diversificação económica mais exportados. 

Só em embalagens de vidros o país exportou 6,7 milhões USD no I trimestre, enquanto de clinquer (Material que resulta da calcinação de uma mistura de argila e calcário e que, depois de moagem, é o principal componente do cimento.) foram exportados o equivalente a 5,8 milhões USD.

O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, frisou que, os valores residuais das exportações nacionais dos produtos da denominada diversificação económica são preocupantes para a economia nacional e garante que "é preciso reorientar o PRODESI" que não pode continuar a ser implementado nos moldes actuais. 

"Já alertámos várias vezes que deve ser um programa de apoio à produção, mas é preciso eleger as fileiras prioritárias", disse.


Acrescentou ainda que, o cimento e fertilizantes são os produtos mais procurados na SADC e as empresas angolanas podem investir na produção destes e outros produtos para aumentar as exportações de âmbito regional. 

Apontou que a distância física entre os países é um factor que pode facilitar o crescimento do comércio angolano, principalmente com a RD Congo, a África do Sul, o Congo Brazzaville e o Togo, que são os parceiros económicos africanos mais importantes do país.


Se por um lado a exportação de produtos do PRODESI é residual, o mesmo já não acontece em relação à importação, que apesar de ter caído 7,8 porcento no I trimestre, rondaram os 479,5 milhões USD.

Quanto aos mais importados, adiantou, a carne de frango, medicamentos, óleo de palma, arroz e carne de porco fazem parte do top cinco. 


Exemplificou que, Angola importou nos três meses deste ano 125,6 milhões USD em carne de frango, 83,7 milhões em medicamentos, 63,4 milhões em óleo de palma, 46,7 milhões com a importação de arroz e 20,3 milhões USD em carne de porco.

Em 2022, revelou que,  foram importadas mercadorias do PRODESI no valor de 2.443,8 milhões USD, em que praticamente 70 porcento deste valor foi para importar carne de frango (16 porcento), arroz (15 porcento), medicamentos (14porcento), óleo de palma (13porcento) e óleo alimentar de soja (10 porcento).

Por outro lado, foram exportados o equivalente a 81,2 milhões USD em produtos do PRODESI, em que as cinco principais mercadorias mais exportadas valem 64 porcento do valor total.

Tratam-se das embalagens de vidro (24 porcento), clínquer (18 porcento), cerveja (8 porcento), banana (8 porcento) e farinha de trigo (7 porcento).

Ao concluir, esclareceu que, os valores da exportação de produtos produzidos em Angola no âmbito do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações são ainda muito residuais.

A problemática da Banca comercial a volta do crédito e as suas perspectivas para os angolanos

Vários economistas e funcionários da rede bancária angolana foram peremptórios em defender, que a qualidade dos projectos e a garantia, constituem guias importantes para Banca comercial visando ceder financiamentos à empresas, enquanto que, o crédito a particular, é marcada pelo factor, emprego que lidera as exigências da Banca.

O Director para a área  de relações com mercado do Banco Angolano de Investimento (BAI), Jane Ferreira apontou a qualidade dos projectos  e as garantias como factores  que impedem o financiamento das empresas.

Por seu turno, o economista, Fábio Correia referiu que a principal dificuldade do credito pessoal reside no factor emprego. O grande tema tem a ver com a qualidade dos projectos que se  apresenta primeiro, ao que considerou de “grande ponto”, segundo, as garantias, “quem é que vai apresentar garantias?”.

Questionou se há garantias pessoais, privadas ou estatais, no que diz respeito  a particulares, tendo visto, como grande factor que impulsiona a cedência de mais créditos, sendo que, o emprego é o garante para tal, concluindo que, se a população estiver empregada e tiver rendimentos frequentes, naturalmente, terá acesso ao crédito bancário em qualquer Banco.

Entretanto, o economista, Dankiel Sapateiro disse que os Bancos devem desempenhar ao seu papel voltados ao financiamento da economia, “ nós verificamos que nos últimos anos, tem havido uma divergência entre a Banca de retalho, que considerou ser uma banca de intermediaçães financeira, acrescentando, que essa a “nossa Banca” que temos hoje.

Para este economista, a Banca angolana divergiu em relação aquilo que é a  sua essencia, captação de depósitos, aforos e atirbuição de  créditos sempre que haja validação qualitativa desta atribuição destes créditos à pessoas particulares e a pessoas colectivas para a intermediação financeira de divisas e compra de dívida pública, e a margem complementar foi “galinha dos ovos de ouro dos Bancos”.

O Director  da área de dinamização  de negócios de BCI, Evandro Carvalho é de opinião que a Banca deve criar serviços que permita aproximidade com os clientes, o BCI tem feito um esforço, mais as condições económicas não permitem nos fazer mais, para emprestar realçou que, é necessario ter liquidez e a captação de recursos e isto, salientou, tem sido um fenómeno para todos os Bancos.

Mais porque? Questionou-se, dizendo que, nós precisamos de começar a trabalhar neste sentido, criar produtos  a medida, ou seja,para podermor ter então uma Banca mais proxima dos nossos clientes. 

O Director de Marketing do Banco de Poupança e Crédito, José Matoso, defende a necessidade de haver literacia financeira e a melhoria das estruturas que intervém no sistema financeiro, tendo salientado haver um conjunto de factores estruturais de um mercado que devem ser por todos nós trabalhados.

Enquanto, nós como sociedade, se não tivermos determinados níveis comos continuar a ter estes debates, mais do que parece que é debate do ovo e da galinha, não vamos encontrar culpados, sendo que, adiantou que,  a culpa não é do Estado , nem dos empresários mas tambem não é dos bancos  é o pais que temos, são as estruturas que temos e temos de trabalhar para melhorar.

Fonte: RNA

Exportação atingem mais de 27 milhões de dólares americanos no I trimestre 2022

A exportação das mercadorias produzidas em Angola afecto ao Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI ) atingiram no primeiro trimestre de 2022, 27,1 milhões de dólares norte americano, segundo dados publicados no site da Agência Geral Tributária (AGT).

Jun 14, 2023 - 09:23
Última atualização   - 19:00
Exportação atingem mais de 27 milhões de dólares americanos no I trimestre 2022
© Fotografia por: DR
Exportação atingem mais de 27 milhões de dólares americanos no I trimestre 2022

De acordo com a fonte, Angola apenas exportou 27,1 milhões USD em mercadorias do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI) no I trimestre deste ano, ainda assim, representa um crescimento de 75 porcento, face ao mesmo período de 2022, quando foram vendidos para o estrangeiro mercadorias no valor de 15,5 milhões USD.

A AGT não indica as zonas de destino das exportações, nem a origem das importações angolanas, mas, no entanto, os dados publicados no seu site, indicam que as embalagens de vidro, clinquer, farinha de trigo, banana e feijão fazem parte do pacote de produtos da diversificação económica mais exportados. 

Só em embalagens de vidros o país exportou 6,7 milhões USD no I trimestre, enquanto de clinquer (Material que resulta da calcinação de uma mistura de argila e calcário e que, depois de moagem, é o principal componente do cimento.) foram exportados o equivalente a 5,8 milhões USD.

O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, frisou que, os valores residuais das exportações nacionais dos produtos da denominada diversificação económica são preocupantes para a economia nacional e garante que "é preciso reorientar o PRODESI" que não pode continuar a ser implementado nos moldes actuais. 

"Já alertámos várias vezes que deve ser um programa de apoio à produção, mas é preciso eleger as fileiras prioritárias", disse.


Acrescentou ainda que, o cimento e fertilizantes são os produtos mais procurados na SADC e as empresas angolanas podem investir na produção destes e outros produtos para aumentar as exportações de âmbito regional. 

Apontou que a distância física entre os países é um factor que pode facilitar o crescimento do comércio angolano, principalmente com a RD Congo, a África do Sul, o Congo Brazzaville e o Togo, que são os parceiros económicos africanos mais importantes do país.


Se por um lado a exportação de produtos do PRODESI é residual, o mesmo já não acontece em relação à importação, que apesar de ter caído 7,8 porcento no I trimestre, rondaram os 479,5 milhões USD.

Quanto aos mais importados, adiantou, a carne de frango, medicamentos, óleo de palma, arroz e carne de porco fazem parte do top cinco. 


Exemplificou que, Angola importou nos três meses deste ano 125,6 milhões USD em carne de frango, 83,7 milhões em medicamentos, 63,4 milhões em óleo de palma, 46,7 milhões com a importação de arroz e 20,3 milhões USD em carne de porco.

Em 2022, revelou que,  foram importadas mercadorias do PRODESI no valor de 2.443,8 milhões USD, em que praticamente 70 porcento deste valor foi para importar carne de frango (16 porcento), arroz (15 porcento), medicamentos (14porcento), óleo de palma (13porcento) e óleo alimentar de soja (10 porcento).

Por outro lado, foram exportados o equivalente a 81,2 milhões USD em produtos do PRODESI, em que as cinco principais mercadorias mais exportadas valem 64 porcento do valor total.

Tratam-se das embalagens de vidro (24 porcento), clínquer (18 porcento), cerveja (8 porcento), banana (8 porcento) e farinha de trigo (7 porcento).

Ao concluir, esclareceu que, os valores da exportação de produtos produzidos em Angola no âmbito do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações são ainda muito residuais.

A problemática da Banca comercial a volta do crédito e as suas perspectivas para os angolanos

Vários economistas e funcionários da rede bancária angolana foram peremptórios em defender, que a qualidade dos projectos e a garantia, constituem guias importantes para Banca comercial visando ceder financiamentos à empresas, enquanto que, o crédito a particular, é marcada pelo factor, emprego que lidera as exigências da Banca.

O Director para a área  de relações com mercado do Banco Angolano de Investimento (BAI), Jane Ferreira apontou a qualidade dos projectos  e as garantias como factores  que impedem o financiamento das empresas.

Por seu turno, o economista, Fábio Correia referiu que a principal dificuldade do credito pessoal reside no factor emprego. O grande tema tem a ver com a qualidade dos projectos que se  apresenta primeiro, ao que considerou de “grande ponto”, segundo, as garantias, “quem é que vai apresentar garantias?”.

Questionou se há garantias pessoais, privadas ou estatais, no que diz respeito  a particulares, tendo visto, como grande factor que impulsiona a cedência de mais créditos, sendo que, o emprego é o garante para tal, concluindo que, se a população estiver empregada e tiver rendimentos frequentes, naturalmente, terá acesso ao crédito bancário em qualquer Banco.

Entretanto, o economista, Dankiel Sapateiro disse que os Bancos devem desempenhar ao seu papel voltados ao financiamento da economia, “ nós verificamos que nos últimos anos, tem havido uma divergência entre a Banca de retalho, que considerou ser uma banca de intermediaçães financeira, acrescentando, que essa a “nossa Banca” que temos hoje.

Para este economista, a Banca angolana divergiu em relação aquilo que é a  sua essencia, captação de depósitos, aforos e atirbuição de  créditos sempre que haja validação qualitativa desta atribuição destes créditos à pessoas particulares e a pessoas colectivas para a intermediação financeira de divisas e compra de dívida pública, e a margem complementar foi “galinha dos ovos de ouro dos Bancos”.

O Director  da área de dinamização  de negócios de BCI, Evandro Carvalho é de opinião que a Banca deve criar serviços que permita aproximidade com os clientes, o BCI tem feito um esforço, mais as condições económicas não permitem nos fazer mais, para emprestar realçou que, é necessario ter liquidez e a captação de recursos e isto, salientou, tem sido um fenómeno para todos os Bancos.

Mais porque? Questionou-se, dizendo que, nós precisamos de começar a trabalhar neste sentido, criar produtos  a medida, ou seja,para podermor ter então uma Banca mais proxima dos nossos clientes. 

O Director de Marketing do Banco de Poupança e Crédito, José Matoso, defende a necessidade de haver literacia financeira e a melhoria das estruturas que intervém no sistema financeiro, tendo salientado haver um conjunto de factores estruturais de um mercado que devem ser por todos nós trabalhados.

Enquanto, nós como sociedade, se não tivermos determinados níveis comos continuar a ter estes debates, mais do que parece que é debate do ovo e da galinha, não vamos encontrar culpados, sendo que, adiantou que,  a culpa não é do Estado , nem dos empresários mas tambem não é dos bancos  é o pais que temos, são as estruturas que temos e temos de trabalhar para melhorar.

Fonte: RNA

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