Pesos pesados do MPLA convocados pela área jurídica do Banco BIC para resolver crédito em situação irregular.

Trata-se de José Amaro Tati, ex-governador do Bié, do antigo reitor da Universidade Agostinho Neto (UAN) e ex-secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, João Teta, e Hermenegildo Coelho da Cruz, antigo administrador municipal do Chinjenje, no Huambo. Os três são figuras de vulto do MPLA que agora estão obrigados, pelo BIC, a restituírem o dinheiro que pediram àquela entidade.

Dário do Leste

Um grupo de ‘pesos pesados’ do MPLA está a ser chamado pela Direcção Jurídica do Banco BIC para, entre outros, tratarem da resolução dos empréstimos que estes contraíram junto daquela instituição bancária e que agora está em fase de contencioso, apurou o Kieto Economia de fontes do board do banco.

Trata-se dos nomes de José Amaro Tati, o ex-governador do Bié, do antigo reitor da Universidade Agostinho Neto e ex-secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, João Sebastião Teta, e do antigo administrador do município do Chinjenje, no Huambo, Hermenegildo Coelho da Cruz.

As três figuras de vulto  do partido que governa Angola desde a independência estão expostas numa lista elaborada pelo Banco BIC e que foi publicada pelo  Jornal de Angola, na edição desta Segunda-feira, 2.

Ao todo, são sete o total de nomes que integram a lista que o Bic expôs no Jornal de Angola. Além das três  figuras políticas conhecidas do público, constam ainda os nomes de Cristóvão de Almeida Pinho, Paula Cristina Trindade Viane Poças, Brancados Santos Venâncio e Marcelino Gonçalves José Coelho.

“O Banco BIC SA convoca os senhores em referência  na lista abaixo, para comparência nas suas instalações, no edifício sede, em Talatona, para tratamento de assunto do seu interesse”, lê-se no anúncio posto a circular no Jornal de Angola.

A lista do BIC não justifica por quê razão estas pessoas estavam expostas no jornal de maior circulação do país, mas, ao Kieto Economia, fontes da  administração do BIC garantem mesmo que, quandos este tipo de anúncio saem nos jornais, significa que os visados têm crédito de recuperação duvidosa.  

“Pode-se dar o caso de que o processo destas figuras que foram chamadas já estão na fase do contencioso de crédito. Pode ser que tenham crédito e que já se esgotaram  todas as expectativas de recuperação e transferiu-se para a esfera da área jurídica. Então, neste sentido, os advogados do bancos entenderam levar o processo no foro legal”, confidenciou uma fonte de uma das direcções do banco.

De acordo ainda com o que é prática, ao serem chamados, pode dar-se o caso de que o banco quer fazer estimativa daquilo que serão os custos processuais. “Normalmente, alguns clientes são convocados, tendo em conta o montante em si, no sentido de se saber se o processo avança ou não. Quando esses casos vão para área jurídica, é porque os créditos são de cobrança duvidosa”, comentou o analista financeiro afecto ao departamento de estudos de outra grande instituição bancária do país.

A lista do Banco BIC publicada no Jornal de Angola não faz referência sobre a natureza e o exercício financeiro a que estes créditos foram contraídos.

Entretanto, as contas de balanço do banco mostram que a instituição continua a liderar na disponibilização de crédito bancário no mercado doméstico nacional.

Segundo o seu CEO, Hugo Teles, pelo terceiro ano consecutivo, o BIC foi o Banco comercial angolano que mais crédito concedeu aos sectores produtivos da economia real de Angola. Em 2022, a instituição reforçou a posição dominante no apoio a sectores privados da agricultura, pecuária, pescas, indústria e mineração.

“É motivo de orgulho o posicionamento mantido que representa a confiança do Banco BIC nos nossos Clientes (empresas e particulares), e no crescimento económico do País. Fomos cautelosos na Gestão e prudentes na avaliação de risco influenciada pela estagnação do crescimento da produtividade, a que não foram alheias: a inflação, a subida dos preços ao consumidor, a relevância do mercado informal e a materialização da retracção financeira das empresas e das famílias, ainda sobre os efeitos da pandemia”, escreveu Hugo Teles, na sua mensagem que acompanha as contas referentes ao exercício 2022.

Pesos pesados do MPLA convocados pela área jurídica do Banco BIC para resolver crédito em situação irregular

Trata-se de José Amaro Tati, ex-governador do Bié, do antigo reitor da Universidade Agostinho Neto (UAN) e ex-secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, João Teta, e Hermenegildo Coelho da Cruz, antigo administrador municipal do Chinjenje, no Huambo. Os três são figuras de vulto do MPLA que agora estão obrigados, pelo BIC, a restituírem o dinheiro que pediram àquela entidade.

Out 2, 2023 - 16:45
Última atualização   - 08:49
Pesos pesados do MPLA convocados pela área jurídica do Banco BIC para resolver crédito em situação irregular
© Fotografia por: DR
Pesos pesados do MPLA convocados pela área jurídica do Banco BIC para resolver crédito em situação irregular

Dário do Leste

Um grupo de ‘pesos pesados’ do MPLA está a ser chamado pela Direcção Jurídica do Banco BIC para, entre outros, tratarem da resolução dos empréstimos que estes contraíram junto daquela instituição bancária e que agora está em fase de contencioso, apurou o Kieto Economia de fontes do board do banco.

Trata-se dos nomes de José Amaro Tati, o ex-governador do Bié, do antigo reitor da Universidade Agostinho Neto e ex-secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, João Sebastião Teta, e do antigo administrador do município do Chinjenje, no Huambo, Hermenegildo Coelho da Cruz.

As três figuras de vulto  do partido que governa Angola desde a independência estão expostas numa lista elaborada pelo Banco BIC e que foi publicada pelo  Jornal de Angola, na edição desta Segunda-feira, 2.

Ao todo, são sete o total de nomes que integram a lista que o Bic expôs no Jornal de Angola. Além das três  figuras políticas conhecidas do público, constam ainda os nomes de Cristóvão de Almeida Pinho, Paula Cristina Trindade Viane Poças, Brancados Santos Venâncio e Marcelino Gonçalves José Coelho.

“O Banco BIC SA convoca os senhores em referência  na lista abaixo, para comparência nas suas instalações, no edifício sede, em Talatona, para tratamento de assunto do seu interesse”, lê-se no anúncio posto a circular no Jornal de Angola.

A lista do BIC não justifica por quê razão estas pessoas estavam expostas no jornal de maior circulação do país, mas, ao Kieto Economia, fontes da  administração do BIC garantem mesmo que, quandos este tipo de anúncio saem nos jornais, significa que os visados têm crédito de recuperação duvidosa.  

“Pode-se dar o caso de que o processo destas figuras que foram chamadas já estão na fase do contencioso de crédito. Pode ser que tenham crédito e que já se esgotaram  todas as expectativas de recuperação e transferiu-se para a esfera da área jurídica. Então, neste sentido, os advogados do bancos entenderam levar o processo no foro legal”, confidenciou uma fonte de uma das direcções do banco.

De acordo ainda com o que é prática, ao serem chamados, pode dar-se o caso de que o banco quer fazer estimativa daquilo que serão os custos processuais. “Normalmente, alguns clientes são convocados, tendo em conta o montante em si, no sentido de se saber se o processo avança ou não. Quando esses casos vão para área jurídica, é porque os créditos são de cobrança duvidosa”, comentou o analista financeiro afecto ao departamento de estudos de outra grande instituição bancária do país.

A lista do Banco BIC publicada no Jornal de Angola não faz referência sobre a natureza e o exercício financeiro a que estes créditos foram contraídos.

Entretanto, as contas de balanço do banco mostram que a instituição continua a liderar na disponibilização de crédito bancário no mercado doméstico nacional.

Segundo o seu CEO, Hugo Teles, pelo terceiro ano consecutivo, o BIC foi o Banco comercial angolano que mais crédito concedeu aos sectores produtivos da economia real de Angola. Em 2022, a instituição reforçou a posição dominante no apoio a sectores privados da agricultura, pecuária, pescas, indústria e mineração.

“É motivo de orgulho o posicionamento mantido que representa a confiança do Banco BIC nos nossos Clientes (empresas e particulares), e no crescimento económico do País. Fomos cautelosos na Gestão e prudentes na avaliação de risco influenciada pela estagnação do crescimento da produtividade, a que não foram alheias: a inflação, a subida dos preços ao consumidor, a relevância do mercado informal e a materialização da retracção financeira das empresas e das famílias, ainda sobre os efeitos da pandemia”, escreveu Hugo Teles, na sua mensagem que acompanha as contas referentes ao exercício 2022.

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