Banco Valor encerra 2022 com queda de 36,7% no crédito, mas sobe nos lucros.
Contas do quarto trimestre de 2022 não ‘esconde’ a queda de 36,7% no stock de crédito para 3,3 mil milhões de Kwanzas. Ao contrário, instituição reforça-se nos títulos públicos, à semelhança do que já é feito pelas congêneres do mercado.
O stock de crédito do Banco Valor deslizou, no quarto trimestre de 2022, 36,7% para apenas 3,3 mil milhões de Kwanzas, quando comparado com os indicadores de igual período do ano anterior, mas, ainda assim, os lucros não pararam de entrar, com resultados líquidos a crescer 34% para 3,5 mil milhões de Kwanzas, de acordo com o balancete da entidade referente àquele período.
O balancete, documento que resume as contas da instituição num trimestre, não agrega, por norma, notas explicativas aos eventos contabilísticos do período, Assim, não se sabe o que esteve na base da queda do ‘apetite’ ao crédito por aquela entidade que já tinha o empresário e banqueiro Álvaro Sobrinho como maior accionista.
Na prática, o banco cortou perto de dois mil milhões de Kwanzas da sua carteira de crédito, quando em 2021 as contas do quarto trimestre evidenciavam um stock de crédito a situar-se acima dos cinco mil milhões de Kwanzas, precisamente 5.264.288.427.
Ao congtrário, o banco tem feito uma maior aposta nos títulos públicos. Aliás, a intermediação dos títulos públicos é uma prática actualmente seguida no mercado nacional pela maioria dos bancos comerciais. O Banco Valor não fugiu à regra e, até 31 de Dezembro, registou uma carteira de título a ascender aos 24 mil milhões de Kwanzas, um aumento de 5,7% face às contas de igual trimestre de 2021.
O crédito às familias não foi a única rubrica do balancete que caiu. Também o activo, principal indicador de robustez patrimonial das empresas, caiu quase 2% para apenas 56.980,7 milhões de Kwanzas.
Apesar das quedas no crédito às familias e no ligeiro deslize dos activos, o banco que tem hoje na estrutura accionista os nomes da familia de Álvaro Sobrinho, com destaque para o filho Gonçalo Afonso Dias Madaleno, que detém 45,121% do capital, e Ana Ana Seixas Afonso Dias Madaleno, com 34,547%, fechou as contas com resultados líquidos positivos.
Até 31 de Dezembro, o banco gerido por Gonçalo Madaleno inscreveu no balancete do quarto trimestre lucros de 3,5 mil milhões de Kwanzas, um crescimento de 34% face às contas registadas no quarto trimestre de 2021, quando o banco só tinha recolhido 2,6 mil milhões de Kwanzas em resultados líquidos.
O banco foi fundado por Álvaro Sobrinho, depois de ter saído do extinto Banco Espírito Santo (BESA). Álvaro Sobrinho fundou a instituição, tendo sido, durante muito tempo, detentor da maior quota na sociedade. Ainda em 2019, por exemplo, Sobrinho foi dono de 72,57% do capital do Banco Valor, na mesma altura que presidia ao conselho de administração.
Após eclodir na media nacional e internacional o envolvimenrto do banqueiro em vários processos com a justiça, devido à sua gestão no falido BESA, e na relação com homónimo português BES, Sobrinho viu-se obrigado a dispersar a sua posição no Banco Valor.
Com isto, o banqueiro detinha, em 2020, quase a totalidade das participações do banco, transferiu 20% das suas posições ao filho, e assim foi saindo daquele banco que quase se funda com toda a ‘expertise’ do antigo e gigante Banco Espírito Santo Angola. Hoje, Sobrinho já não consta da estrutura accionista, mas fontes do Kieto Economia próximas à gestão, garantem que o “senhor Álvaro Sobrinho ainda manda em tudo aqui”.
Banco Valor encerra 2022 com queda de 36,7% no crédito, mas sobe nos lucros
Contas do quarto trimestre de 2022 não ‘esconde’ a queda de 36,7% no stock de crédito para 3,3 mil milhões de Kwanzas. Ao contrário, instituição reforça-se nos títulos públicos, à semelhança do que já é feito pelas congêneres do mercado.
O stock de crédito do Banco Valor deslizou, no quarto trimestre de 2022, 36,7% para apenas 3,3 mil milhões de Kwanzas, quando comparado com os indicadores de igual período do ano anterior, mas, ainda assim, os lucros não pararam de entrar, com resultados líquidos a crescer 34% para 3,5 mil milhões de Kwanzas, de acordo com o balancete da entidade referente àquele período.
O balancete, documento que resume as contas da instituição num trimestre, não agrega, por norma, notas explicativas aos eventos contabilísticos do período, Assim, não se sabe o que esteve na base da queda do ‘apetite’ ao crédito por aquela entidade que já tinha o empresário e banqueiro Álvaro Sobrinho como maior accionista.
Na prática, o banco cortou perto de dois mil milhões de Kwanzas da sua carteira de crédito, quando em 2021 as contas do quarto trimestre evidenciavam um stock de crédito a situar-se acima dos cinco mil milhões de Kwanzas, precisamente 5.264.288.427.
Ao congtrário, o banco tem feito uma maior aposta nos títulos públicos. Aliás, a intermediação dos títulos públicos é uma prática actualmente seguida no mercado nacional pela maioria dos bancos comerciais. O Banco Valor não fugiu à regra e, até 31 de Dezembro, registou uma carteira de título a ascender aos 24 mil milhões de Kwanzas, um aumento de 5,7% face às contas de igual trimestre de 2021.
O crédito às familias não foi a única rubrica do balancete que caiu. Também o activo, principal indicador de robustez patrimonial das empresas, caiu quase 2% para apenas 56.980,7 milhões de Kwanzas.
Apesar das quedas no crédito às familias e no ligeiro deslize dos activos, o banco que tem hoje na estrutura accionista os nomes da familia de Álvaro Sobrinho, com destaque para o filho Gonçalo Afonso Dias Madaleno, que detém 45,121% do capital, e Ana Ana Seixas Afonso Dias Madaleno, com 34,547%, fechou as contas com resultados líquidos positivos.
Até 31 de Dezembro, o banco gerido por Gonçalo Madaleno inscreveu no balancete do quarto trimestre lucros de 3,5 mil milhões de Kwanzas, um crescimento de 34% face às contas registadas no quarto trimestre de 2021, quando o banco só tinha recolhido 2,6 mil milhões de Kwanzas em resultados líquidos.
O banco foi fundado por Álvaro Sobrinho, depois de ter saído do extinto Banco Espírito Santo (BESA). Álvaro Sobrinho fundou a instituição, tendo sido, durante muito tempo, detentor da maior quota na sociedade. Ainda em 2019, por exemplo, Sobrinho foi dono de 72,57% do capital do Banco Valor, na mesma altura que presidia ao conselho de administração.
Após eclodir na media nacional e internacional o envolvimenrto do banqueiro em vários processos com a justiça, devido à sua gestão no falido BESA, e na relação com homónimo português BES, Sobrinho viu-se obrigado a dispersar a sua posição no Banco Valor.
Com isto, o banqueiro detinha, em 2020, quase a totalidade das participações do banco, transferiu 20% das suas posições ao filho, e assim foi saindo daquele banco que quase se funda com toda a ‘expertise’ do antigo e gigante Banco Espírito Santo Angola. Hoje, Sobrinho já não consta da estrutura accionista, mas fontes do Kieto Economia próximas à gestão, garantem que o “senhor Álvaro Sobrinho ainda manda em tudo aqui”.
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