Chairman do BIC denuncia ‘bloqueio’ no acesso às divisas e ameaça mandar para casa 400 funcionários.
Gestor do maior banco angolano em carteira de crédito antecipa dias sombrios para o quadro de pessoal do banco. Como o banco deixou de fazer dinheiro com a venda de moeda estrangeira, e, com isso, ter baixado as margens financeiras, solução passa por, para já, encerrar mais de 40 agências que deve pressionar o despedimento de quatro centenas de profissionais do banco que tem o imbondeiro como marca.
Um total de 400 trabalhadores do Banco BIC correm o risco de perder os seus postos de trabalho antes do fim do ano, devido a uma série de problemas financeiros por que passa a instituição, em que se destaca o acesso a divisas e gestão da manutenção das infra-estruturas comerciais do banco, soube o Kieto Economia de fontes da administração.
Este quadro deverá forçar também a que o banco fundado por Fernando Teles e Isabel dos Santos encerre mais de 40 agências, já que, com as actuais dificuldades de tesouraria em moeda estrangeira, que está a comprometer os negócios do banco com os fornecedores de vários serviços contratados no exterior do País, o banco não consegue manter funcional esse número de balcões.
Antes dos levantamentos que este Jornal fez, o próprio CEO do banco, Hugo Teles, filho do Fernando Teles, também já havia levantado essa possibilidade. Através dos microfones da RNA, nesta Quarta-feira, Hugo Teles avançou que a instituição bancária prevê o encerramento de 40 dos 230 balcões.
“Pensamos em encerrar alguns balcões, infelizmente. Nós somos a única instituição bancária que ainda não fechou balcões e tentou manter bons salários aos colaboradores, mas também precisamos de um certo apoio para podermos continuar a trabalhar como deve ser. Mas, infelizmente, nem sempre isso acontece”, apontou o gestor.
Este quadro revela o mau período por que passam quase todas as instituições devido aos problemas cambiais que Angola voltou a enfrentar.
À semelhança do BIC, o BAI já manifestou que, devido à crise cambial que grassa pelo mercado bancário angolano, foi forçado a cortar em mais da metade o plafond de carregamento dos cartões Visa. Já o BIC, devido aos apertos, vai optar pelo corte da massa trabalhadora.
Segundo Hugo Teles, os bancos, hoje em dia, infelizmente, precisam de divisas para trabalhar, e só alguns é que estão a comprar. “Instituições estas que a maior parte das vezes nem kwanzas têm para criar essas divisas. Ou seja, algumas instituições bancárias, por não terem kwanzas para ir à busca de divisas, recorrem a empréstimos dados pelo BIC. Para isso, podiam vendê-los a nós, mas não o fazem”, criticou Hugo Teles.
Após o conselho de administração ter colocado no domínio público a situação financeira do BIC e que a força a despedir mais de 400 e encerrar 40 agências, as queixas e preocupações não se fizeram esperar.
Com isto, um grupo de funcionários está, desde a medida anunciada, desanimado e surpresos com a informação avançada pela administração de que a instituição irá fechar cerca de 40 agências e despedir mais de 400 trabalhadores.
Através do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola (SNEBA), os colaboradores manifestaram preocupação. Segundo o líder do SNEBA, Felipe Makengo, a instituição que dirige foi notificada do problema e promete acompanhar o desenrolar do processo para assegurar que seja feita com lisura e transparência.
“A entidade empregadora até aqui não notificou o sindicato para poder pronunciar-se. Relativamente aos números que avança, é realmente preocupante. Em todo o caso, apelamos aos trabalhadores que forem afectados a procurarem o sindicato para possíveis assistências jurídicas”, apelou o sindicalista, sublinhado que exigirá, junto da instituição, esclarecimentos sobre as reais razões que estão na base do encerramento dos 40 balcões e dos consequentes despedimentos.
Chairman do BIC denuncia ‘bloqueio’ no acesso às divisas e ameaça mandar para casa 400 funcionários
Gestor do maior banco angolano em carteira de crédito antecipa dias sombrios para o quadro de pessoal do banco. Como o banco deixou de fazer dinheiro com a venda de moeda estrangeira, e, com isso, ter baixado as margens financeiras, solução passa por, para já, encerrar mais de 40 agências que deve pressionar o despedimento de quatro centenas de profissionais do banco que tem o imbondeiro como marca.
Um total de 400 trabalhadores do Banco BIC correm o risco de perder os seus postos de trabalho antes do fim do ano, devido a uma série de problemas financeiros por que passa a instituição, em que se destaca o acesso a divisas e gestão da manutenção das infra-estruturas comerciais do banco, soube o Kieto Economia de fontes da administração.
Este quadro deverá forçar também a que o banco fundado por Fernando Teles e Isabel dos Santos encerre mais de 40 agências, já que, com as actuais dificuldades de tesouraria em moeda estrangeira, que está a comprometer os negócios do banco com os fornecedores de vários serviços contratados no exterior do País, o banco não consegue manter funcional esse número de balcões.
Antes dos levantamentos que este Jornal fez, o próprio CEO do banco, Hugo Teles, filho do Fernando Teles, também já havia levantado essa possibilidade. Através dos microfones da RNA, nesta Quarta-feira, Hugo Teles avançou que a instituição bancária prevê o encerramento de 40 dos 230 balcões.
“Pensamos em encerrar alguns balcões, infelizmente. Nós somos a única instituição bancária que ainda não fechou balcões e tentou manter bons salários aos colaboradores, mas também precisamos de um certo apoio para podermos continuar a trabalhar como deve ser. Mas, infelizmente, nem sempre isso acontece”, apontou o gestor.
Este quadro revela o mau período por que passam quase todas as instituições devido aos problemas cambiais que Angola voltou a enfrentar.
À semelhança do BIC, o BAI já manifestou que, devido à crise cambial que grassa pelo mercado bancário angolano, foi forçado a cortar em mais da metade o plafond de carregamento dos cartões Visa. Já o BIC, devido aos apertos, vai optar pelo corte da massa trabalhadora.
Segundo Hugo Teles, os bancos, hoje em dia, infelizmente, precisam de divisas para trabalhar, e só alguns é que estão a comprar. “Instituições estas que a maior parte das vezes nem kwanzas têm para criar essas divisas. Ou seja, algumas instituições bancárias, por não terem kwanzas para ir à busca de divisas, recorrem a empréstimos dados pelo BIC. Para isso, podiam vendê-los a nós, mas não o fazem”, criticou Hugo Teles.
Após o conselho de administração ter colocado no domínio público a situação financeira do BIC e que a força a despedir mais de 400 e encerrar 40 agências, as queixas e preocupações não se fizeram esperar.
Com isto, um grupo de funcionários está, desde a medida anunciada, desanimado e surpresos com a informação avançada pela administração de que a instituição irá fechar cerca de 40 agências e despedir mais de 400 trabalhadores.
Através do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola (SNEBA), os colaboradores manifestaram preocupação. Segundo o líder do SNEBA, Felipe Makengo, a instituição que dirige foi notificada do problema e promete acompanhar o desenrolar do processo para assegurar que seja feita com lisura e transparência.
“A entidade empregadora até aqui não notificou o sindicato para poder pronunciar-se. Relativamente aos números que avança, é realmente preocupante. Em todo o caso, apelamos aos trabalhadores que forem afectados a procurarem o sindicato para possíveis assistências jurídicas”, apelou o sindicalista, sublinhado que exigirá, junto da instituição, esclarecimentos sobre as reais razões que estão na base do encerramento dos 40 balcões e dos consequentes despedimentos.
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