Com ‘dúvidas’ sobre o processo de transformação no BCI, BNA prepara vasta equipa para averiguar ao detalhe operações do banco do Grupo Carrinho.
Apesar de um conjunto de transformações já realizadas pelo novo dono do BCI, o Grupo Carrinho, em que se incluem corte expressivo na mão de obra e encerramento de agências na antiga instituição estatal, o banco central continua a receber, semanalmente, dezenas de queixas relacionadas sobre as operações do BCI. Um ‘alerta’ foi lançado esta semana pelo ‘provedor’ do cliente em que o banco apresenta nova marca. Só para se ter uma ideia, o BCI não tem, neste momento, os canais remotos operacionais, conforme relatam os clientes.
O Conselho de Administração do Banco Nacional de Angola (BNA) colocou em cima da mesa a possibilidade de, nos próximos dias, iniciar um rigoroso processo de inspecção não anunciada/on-site, com vários supervisores, em várias agências do Banco de Comércio e Indústria (BCI) espalhadas pelo País, uma acção que resulta de receios do regulador sobre o processo de transformação em curso naquela entidade que, após mais de um ano desde que saiu do controlo do Estado, “ainda não apresentou resultados concretos e continua a integrar lista de bancos mais reclamados em matérias operacionais”, soube o Kieto Economia de altos funcionários do BNA e de fontes bem posicionadas no mercado.
Apesar de já ter efectuado várias mudanças no banco, o novo conselho de administração e toda equipa que opera no banco continuam a ser alvo de duras críticas dos agentes comerciais e vários traders do sector económico, isto devido a não materialização das acções de reforma do banco na vida diária dos clientes.
Recentemente, por exemplo, após o banco ter anunciado mudança nas cores e emblema, nos seus canais de divulgação, várias foram as contestações que saíram dos clientes, muitas delas relacionadas com os canais remotos, atendimento presencial e até disponibilização de serviços de crédito.
Mas a queixa não se ficou pelo meio digital. O departamento de acompanhamento ao Mercado do BNA e o ‘provedor’ do cliente também já recebem, afinal, um conjunto de queixas relacionadas às operações do BCI.
De acordo com fonte do banco central, as queixas agravam, sobretudo, pelo facto de o BCI integrar a lista de bancos sistémicos do País, ou seja, a instituição passou, desde finais do ano passado, a ser mais controlada pelo regulador devido aos riscos de ‘contágio’ ao mercado bancário.
Isto significa que, daquela data em diante, o BCI está no ‘olho da serpente’, já que o BNA mantém todas as instituições nestas condições sob uma forte vigilância e por ser um banco que pode, em caso de dificuldades, beneficiar de dinheiro ou ajuda pública para não fechar ou falir, já que pode trazer ao mercado várias outras consequências.
É por isso mesmo que, nas próximas semanas, e sem avisar aos gestores do BCI, o BNA deve entrar nas agências daquele banco iniciar uma inspecção a todas as operações da instituição, o que culminará, segundo fontes do board do BNA, com medidas sancionatórias ou admoestações, isto se comprovadas, no terreno, às dificuldades apontadas pelo mercado existentes naquele banco que quer ser o ‘rosto’ do sector agrícola no País.
Informação financeira indisponível
Há mais de uma semana o banco tem indisponível o seu website, o que colocou fora do ar, igualmente, todas as informações de natureza económica e patrimonial do BCI.
Ou seja, o mercado ficou sem saber, a quase um mês fora do tempo regulamentar, às quantas andam as operações financeiras do BCI este ano e como o banco geriu os recursos dos seus clientes ao longo dos 12 meses de 2023. O banco viola, assim, as normas do BNA que manda a divulgação de contas, ou seja, do relatório e contas até 30 de Abril do ano seguinte ao fecho do exercício financeiro.
Ao acessar o site da entidade, a única informação disponível no endereço eletrónico o BCI é “página em construção”, isto devido, segundo soubemos de fonte da gestão do banco, às alterações da marca e mudanças nas funcionalidades do banco.
Com ‘dúvidas’ sobre o processo de transformação no BCI, BNA prepara vasta equipa para averiguar ao detalhe operações do banco do Grupo Carrinho
Apesar de um conjunto de transformações já realizadas pelo novo dono do BCI, o Grupo Carrinho, em que se incluem corte expressivo na mão de obra e encerramento de agências na antiga instituição estatal, o banco central continua a receber, semanalmente, dezenas de queixas relacionadas sobre as operações do BCI. Um ‘alerta’ foi lançado esta semana pelo ‘provedor’ do cliente em que o banco apresenta nova marca. Só para se ter uma ideia, o BCI não tem, neste momento, os canais remotos operacionais, conforme relatam os clientes.
O Conselho de Administração do Banco Nacional de Angola (BNA) colocou em cima da mesa a possibilidade de, nos próximos dias, iniciar um rigoroso processo de inspecção não anunciada/on-site, com vários supervisores, em várias agências do Banco de Comércio e Indústria (BCI) espalhadas pelo País, uma acção que resulta de receios do regulador sobre o processo de transformação em curso naquela entidade que, após mais de um ano desde que saiu do controlo do Estado, “ainda não apresentou resultados concretos e continua a integrar lista de bancos mais reclamados em matérias operacionais”, soube o Kieto Economia de altos funcionários do BNA e de fontes bem posicionadas no mercado.
Apesar de já ter efectuado várias mudanças no banco, o novo conselho de administração e toda equipa que opera no banco continuam a ser alvo de duras críticas dos agentes comerciais e vários traders do sector económico, isto devido a não materialização das acções de reforma do banco na vida diária dos clientes.
Recentemente, por exemplo, após o banco ter anunciado mudança nas cores e emblema, nos seus canais de divulgação, várias foram as contestações que saíram dos clientes, muitas delas relacionadas com os canais remotos, atendimento presencial e até disponibilização de serviços de crédito.
Mas a queixa não se ficou pelo meio digital. O departamento de acompanhamento ao Mercado do BNA e o ‘provedor’ do cliente também já recebem, afinal, um conjunto de queixas relacionadas às operações do BCI.
De acordo com fonte do banco central, as queixas agravam, sobretudo, pelo facto de o BCI integrar a lista de bancos sistémicos do País, ou seja, a instituição passou, desde finais do ano passado, a ser mais controlada pelo regulador devido aos riscos de ‘contágio’ ao mercado bancário.
Isto significa que, daquela data em diante, o BCI está no ‘olho da serpente’, já que o BNA mantém todas as instituições nestas condições sob uma forte vigilância e por ser um banco que pode, em caso de dificuldades, beneficiar de dinheiro ou ajuda pública para não fechar ou falir, já que pode trazer ao mercado várias outras consequências.
É por isso mesmo que, nas próximas semanas, e sem avisar aos gestores do BCI, o BNA deve entrar nas agências daquele banco iniciar uma inspecção a todas as operações da instituição, o que culminará, segundo fontes do board do BNA, com medidas sancionatórias ou admoestações, isto se comprovadas, no terreno, às dificuldades apontadas pelo mercado existentes naquele banco que quer ser o ‘rosto’ do sector agrícola no País.
Informação financeira indisponível
Há mais de uma semana o banco tem indisponível o seu website, o que colocou fora do ar, igualmente, todas as informações de natureza económica e patrimonial do BCI.
Ou seja, o mercado ficou sem saber, a quase um mês fora do tempo regulamentar, às quantas andam as operações financeiras do BCI este ano e como o banco geriu os recursos dos seus clientes ao longo dos 12 meses de 2023. O banco viola, assim, as normas do BNA que manda a divulgação de contas, ou seja, do relatório e contas até 30 de Abril do ano seguinte ao fecho do exercício financeiro.
Ao acessar o site da entidade, a única informação disponível no endereço eletrónico o BCI é “página em construção”, isto devido, segundo soubemos de fonte da gestão do banco, às alterações da marca e mudanças nas funcionalidades do banco.
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