Agência BPC arde em chamas no Negaje, mas balanço dos prejuízos guardado a sete chaves.
Populares da cidade do Negaje despertaram, na manhã do último Sábado, com a agência do Banco de Poupança e Crédito (BPC) a arder em brasa, num incêndio que, até ao momento, se supõe ter origem num curto circuito. Passado pouco menos de uma semana, o banco não divulga balanço dos prejuízos, nem diz quanto se perdeu em termos materiais, por entender que o tema “é extemporâneo”. Clientes não param de questionar as perdas potenciais.
Um incêndio de média proporção consumiu, por completo, no Sábado passado, a agência do Banco de Poupança e Crédito (BPC) na província do Uíge, município de Negaje, tendo destruído toda a estrutura interior e outras exteriores da referida dependência. Entretanto, até esta Quinta-feira, 23 de Março, nem o conselho de administração do BPC, nem mesmo a gerência do banco na província vieram a público dizer qual é o balanço dos prejuízos que este incidente terá causado à entidade bancária estatal ou aos clientes deste banco.
Com o silêncio do BPC na província e na sede na capital Luanda, fica-se, assim, sem saber, afinal, quanto de valores monetários o incêndio levou dos cofres daquela agência, ou mesmo os danos materiais para o património do banco, um silêncio que, ao nível da província e de clientes, já força a interpretação de uma “sabotagem” aos fundos de quem, fielmente, confiou sua fortuna naquele banco público.
De acordo com os dados a que o Kieto Economia teve acesso, a avaliação preliminar dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros apontavam, no dia em que se deu o incidente, para um curto circuito como a causa do incêndio, que, para já, está a privar os clientes do BPC, no município, de efectuarem transacções bancárias naquela localidade que dista cerca de 38 Km da sede provincial.
A perícia também avança que o incêndio, que destruiu parte considerável da agência, começou no interior da referida dependência. Segundo ainda cronologia dos factos, a agência estava fechada quando se viram os primeiros sinais de fumo e fogo, sendo que nem mesmo o corpo de segurança e a população que testemunharam o incidente podiam intervir dada a dimensão das chamas.
Um munícipe de Negaje, trabalhador de um estúdio de fotografia, chegou a atestar mesmo que quase todos com quem esteve desconhecem a origem de tão intenso fogo. “Vimos o fogo, no banco, não sabemos dizer quando começou, porque tinha muito fogo. Até aqui estamos admirados com a situação; estava mal o fogo. Os seguranças não conseguiram ficar dentro da agência”, assinalou a fonte, numa gentileza da Televisão Pública de Angola.
Questionado por este jornal, o conselho de administração, através da sua direcção de marketing, informou que, “de acordo com a solicitação que foi feita no e-mail, sobre um questionário do incêndio da agência do BPC, nós entendemos que, por ser um tema que já está extemporâneo, e tendo em conta que as causas e os prejuízos da agência não são tão impactantes, nós entendemos, então, não responder aqui às perguntas que nos faz, tendo em conta esses aspectos que acabei de frisar. Do nosso ponto de vista, entendemos não responder às perguntas tendo em conta os impactos que não foram tão grandes, conforme pressupõe-se (…)”, respondeu Elisabeth Paiva, técnica de marketing daquele banco estatal que tem em curso um processo de reestruturação e recuperação da sua imagem que, há muito, foi posta em causa pelos consumidores de serviços bancários.
Ou seja, passados pouco menos de uma semana, o BPC e a sua administração, que viram um incêndio a consumir a sua agência, com danos à estrutura e perdas de potenciais dados contidos nos processos físicos e até em computadores, além de alegadas valores monetário de tesouraria, entende que o tema é “extemporâneo”, numa altura em que famílias se questionam sobre o referido incidente e o que terá causado aos cofres do Estado.
Na visão do BPC, e segundo se pôde depreender das falas da sua técnica de Marketing, o banco só não reagiu e nem apresentou contas do incêndio às famílias, que são larga maioria dos clientes deste banco público, por entender que os estragos causados pelo incêndio ou o que terá perdido naquela agência não afecta a gestão.
Com JP*
Agência BPC arde em chamas no Negaje, mas balanço dos prejuízos guardado a sete chaves
Populares da cidade do Negaje despertaram, na manhã do último Sábado, com a agência do Banco de Poupança e Crédito (BPC) a arder em brasa, num incêndio que, até ao momento, se supõe ter origem num curto circuito. Passado pouco menos de uma semana, o banco não divulga balanço dos prejuízos, nem diz quanto se perdeu em termos materiais, por entender que o tema “é extemporâneo”. Clientes não param de questionar as perdas potenciais.
Um incêndio de média proporção consumiu, por completo, no Sábado passado, a agência do Banco de Poupança e Crédito (BPC) na província do Uíge, município de Negaje, tendo destruído toda a estrutura interior e outras exteriores da referida dependência. Entretanto, até esta Quinta-feira, 23 de Março, nem o conselho de administração do BPC, nem mesmo a gerência do banco na província vieram a público dizer qual é o balanço dos prejuízos que este incidente terá causado à entidade bancária estatal ou aos clientes deste banco.
Com o silêncio do BPC na província e na sede na capital Luanda, fica-se, assim, sem saber, afinal, quanto de valores monetários o incêndio levou dos cofres daquela agência, ou mesmo os danos materiais para o património do banco, um silêncio que, ao nível da província e de clientes, já força a interpretação de uma “sabotagem” aos fundos de quem, fielmente, confiou sua fortuna naquele banco público.
De acordo com os dados a que o Kieto Economia teve acesso, a avaliação preliminar dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros apontavam, no dia em que se deu o incidente, para um curto circuito como a causa do incêndio, que, para já, está a privar os clientes do BPC, no município, de efectuarem transacções bancárias naquela localidade que dista cerca de 38 Km da sede provincial.
A perícia também avança que o incêndio, que destruiu parte considerável da agência, começou no interior da referida dependência. Segundo ainda cronologia dos factos, a agência estava fechada quando se viram os primeiros sinais de fumo e fogo, sendo que nem mesmo o corpo de segurança e a população que testemunharam o incidente podiam intervir dada a dimensão das chamas.
Um munícipe de Negaje, trabalhador de um estúdio de fotografia, chegou a atestar mesmo que quase todos com quem esteve desconhecem a origem de tão intenso fogo. “Vimos o fogo, no banco, não sabemos dizer quando começou, porque tinha muito fogo. Até aqui estamos admirados com a situação; estava mal o fogo. Os seguranças não conseguiram ficar dentro da agência”, assinalou a fonte, numa gentileza da Televisão Pública de Angola.
Questionado por este jornal, o conselho de administração, através da sua direcção de marketing, informou que, “de acordo com a solicitação que foi feita no e-mail, sobre um questionário do incêndio da agência do BPC, nós entendemos que, por ser um tema que já está extemporâneo, e tendo em conta que as causas e os prejuízos da agência não são tão impactantes, nós entendemos, então, não responder aqui às perguntas que nos faz, tendo em conta esses aspectos que acabei de frisar. Do nosso ponto de vista, entendemos não responder às perguntas tendo em conta os impactos que não foram tão grandes, conforme pressupõe-se (…)”, respondeu Elisabeth Paiva, técnica de marketing daquele banco estatal que tem em curso um processo de reestruturação e recuperação da sua imagem que, há muito, foi posta em causa pelos consumidores de serviços bancários.
Ou seja, passados pouco menos de uma semana, o BPC e a sua administração, que viram um incêndio a consumir a sua agência, com danos à estrutura e perdas de potenciais dados contidos nos processos físicos e até em computadores, além de alegadas valores monetário de tesouraria, entende que o tema é “extemporâneo”, numa altura em que famílias se questionam sobre o referido incidente e o que terá causado aos cofres do Estado.
Na visão do BPC, e segundo se pôde depreender das falas da sua técnica de Marketing, o banco só não reagiu e nem apresentou contas do incêndio às famílias, que são larga maioria dos clientes deste banco público, por entender que os estragos causados pelo incêndio ou o que terá perdido naquela agência não afecta a gestão.
Com JP*
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