Crédito em incumprimento cai para 14,4% e atinge valor mais baixo em seis anos.

Até 31 de Dezembro do ano passado, o stock de crédito do sector bancário estava avaliado em 6,3 biliões de Kwanzas. Considerando o nível de malparado de 14,40% do período, significa que, do stock geral de empréstimos da banca, 913 mil milhões Kwanzas estavam em situação irregular. BPC, que tinha maior carteira de malparado do mercado, iniciou processo de renegociação de dívida com clientes.

#Rute_Valverde

O crédito malparado sobre o total de empréstimos que os bancos comerciais concederam às familias e às empresas caiu para o valor mais baixo dos últimos seis anos, ao fixar-se, em Dezembro do ano passado, nos 14,40%, de acordo com os indicadores de solidez do mercado compilados pelo Banco Nacional de Angola (BNA).

Os indicadores do banco central não anexam explicações sobre as razões da queda do crédito vencido há mais de 90 dias, nem as origens do malparado por bancos, mas o Kieto Economia soube junto de banqueiros e do departamento de análise e acompanhamento do crédito de várias instituições bancárias, entre as quais três grandes bancos nacionais, que a ajudar na queda do malparado estão as renegociações dos contratos de crédito entre os bancos e seus clientes.

Na prática, quem tem crédito vencido há vários anos e não consegue liquidar os compromissos e os respectivos juro de mora, os bancos estão a estender o tempo de liquidação e incentivar modalidades mais flexíveis de pagamento. Nalguns casos, os bancos estão mesmo a perdoar até 100% dos juros, como é o caso do Banco de Poupança e Crédito (BPC), que anunciou a medida em anúncio de rádio.

Aliás, o próprio banco central tem vindo a incentivar os bancos a retirarem esse tipo de crédito do seu balanço, como forma de reduzir a carteira de malparado no sector, que há muito comprometida o balanço das instituições bancárias. "Tem havido uma espécie de rollover, uma renegociação dos prazos e consequentemente das prestações mensais dos empréstimos. Os bancos têm encontrado formas de renegociação, fazendo com que as prestações mensais caibam no bolso dos clientes", explicou, há tempos, uma fonte do banco central.

A última vez que se viu um nível de crédito malparado tão baixo foi em Janeiro de 2017, quando o indicador de solidez do sistema financeiro apontava para um crédito malparado da ordem dos 12,2%.

Até 31 de Dezembro do ano passado, o stock de crédito do sector bancário estava avaliado em 6,3 biliões de Kwanzas. Considerando o nível de malparado de 14,40% do período, significa que, do stock geral de crédito da banca, 913 mil milhões Kz estava em situação de incumprimento.

O jornal Kieto Economia questionou a comunicação do banco central para, entre outros, aferir sobre os factores na base desta redução considerável no crédito em situação irregular na banca doméstica, mas, até ao fecho deste artigo não obteve qualquer pronunciamento do regulador do mercado.

Crédito em incumprimento cai para 14,4% e atinge valor mais baixo em seis anos

Até 31 de Dezembro do ano passado, o stock de crédito do sector bancário estava avaliado em 6,3 biliões de Kwanzas. Considerando o nível de malparado de 14,40% do período, significa que, do stock geral de empréstimos da banca, 913 mil milhões Kwanzas estavam em situação irregular. BPC, que tinha maior carteira de malparado do mercado, iniciou processo de renegociação de dívida com clientes.

Ago 8, 2023 - 17:15
Última atualização   - 16:36
Crédito em incumprimento cai para 14,4% e atinge valor mais baixo em seis anos
© Fotografia por: DR

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O crédito malparado sobre o total de empréstimos que os bancos comerciais concederam às familias e às empresas caiu para o valor mais baixo dos últimos seis anos, ao fixar-se, em Dezembro do ano passado, nos 14,40%, de acordo com os indicadores de solidez do mercado compilados pelo Banco Nacional de Angola (BNA).

Os indicadores do banco central não anexam explicações sobre as razões da queda do crédito vencido há mais de 90 dias, nem as origens do malparado por bancos, mas o Kieto Economia soube junto de banqueiros e do departamento de análise e acompanhamento do crédito de várias instituições bancárias, entre as quais três grandes bancos nacionais, que a ajudar na queda do malparado estão as renegociações dos contratos de crédito entre os bancos e seus clientes.

Na prática, quem tem crédito vencido há vários anos e não consegue liquidar os compromissos e os respectivos juro de mora, os bancos estão a estender o tempo de liquidação e incentivar modalidades mais flexíveis de pagamento. Nalguns casos, os bancos estão mesmo a perdoar até 100% dos juros, como é o caso do Banco de Poupança e Crédito (BPC), que anunciou a medida em anúncio de rádio.

Aliás, o próprio banco central tem vindo a incentivar os bancos a retirarem esse tipo de crédito do seu balanço, como forma de reduzir a carteira de malparado no sector, que há muito comprometida o balanço das instituições bancárias. "Tem havido uma espécie de rollover, uma renegociação dos prazos e consequentemente das prestações mensais dos empréstimos. Os bancos têm encontrado formas de renegociação, fazendo com que as prestações mensais caibam no bolso dos clientes", explicou, há tempos, uma fonte do banco central.

A última vez que se viu um nível de crédito malparado tão baixo foi em Janeiro de 2017, quando o indicador de solidez do sistema financeiro apontava para um crédito malparado da ordem dos 12,2%.

Até 31 de Dezembro do ano passado, o stock de crédito do sector bancário estava avaliado em 6,3 biliões de Kwanzas. Considerando o nível de malparado de 14,40% do período, significa que, do stock geral de crédito da banca, 913 mil milhões Kz estava em situação de incumprimento.

O jornal Kieto Economia questionou a comunicação do banco central para, entre outros, aferir sobre os factores na base desta redução considerável no crédito em situação irregular na banca doméstica, mas, até ao fecho deste artigo não obteve qualquer pronunciamento do regulador do mercado.

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