Ataque cibernético ao BNA deixa sistema financeiro angolano paralisado.

Depois de várias tentativas de ataque cibernético registadas no ano transato, o Banco Nacional de Angola (BNA), sofreu no passado dia 8 do corrente mês, um ataque no seu sistema.

Julieta Paquete

Em maio, o banco registou uma frequência de ataques diários no seu sistema financeiro, que rondam mais de 300 tentativas. Já agora, a investida atingiu a base de dados do banco e os seus serviços essenciais. Até ontem, o BNA continuava sem o controlo efectivo do seu sistema informático e sem acesso a pastas partilhadas, emails institucionais e outros serviços.

A ofensiva paralisou, por mais de 24 horas, o Sistema de Pagamentos em Tempo Real (SPTR), que trata das operações interbancárias em todo o país, incluindo operações financeiras do Estado em kwanzas, segundo apurou o portal Maka Angola.

Trata-se, de um ataque de ransomware-um software de extorsão, em que os atacantes encriptam informações essenciais do banco e exigem um resgate monetário (em criptomoedas) para libertarem novamente o acesso da instituição à sua base de dados. O regulador accionou a empresa New Cognitos (ex-Tell IT) para responder ao ataque, porém considera sua intervenção ineficaz.

A Tell IT, do Grupo Mitrelli, do israelita Haim Taib, foi a responsável por instalar o Sistema de Protecção da Rede Informática do BNA, incluindo os equipamentos e as ferramentas de segurança para a protecção de dados, contra ataques e acessos indevidos à rede da instituição. 

No entanto, há anos que os técnicos do BNA reclamam contra o acesso irrestrito da empresa de Haim Taib aos sistemas de segurança do banco central.

O Sistema de Pagamentos em Tempo Real está interligado com o Sistema Integrado de Mercados e Gestão de Activos (SIGMA) do BNA e, é onde são feitas todas as transacções do mercado de activos, nomeadamente a compra e venda de títulos de tesouro e do banco central.

Nesta senda, o que se deve esperar de uma instituição como o banco central do país, em termos de transparência, é dar conta ao público sobre o sucedido, infelizmente, o BNA não comunicou publicamente o ataque sofrido.

Com Maka Angola

Ataque cibernético ao BNA deixa sistema financeiro angolano paralisado

Depois de várias tentativas de ataque cibernético registadas no ano transato, o Banco Nacional de Angola (BNA), sofreu no passado dia 8 do corrente mês, um ataque no seu sistema.

Jan 16, 2024 - 14:19
Última atualização   - 10:36
Ataque cibernético ao BNA deixa sistema financeiro angolano paralisado
© Fotografia por: DR
Ataque cibernético ao BNA deixa sistema financeiro angolano paralisado

Julieta Paquete

Em maio, o banco registou uma frequência de ataques diários no seu sistema financeiro, que rondam mais de 300 tentativas. Já agora, a investida atingiu a base de dados do banco e os seus serviços essenciais. Até ontem, o BNA continuava sem o controlo efectivo do seu sistema informático e sem acesso a pastas partilhadas, emails institucionais e outros serviços.

A ofensiva paralisou, por mais de 24 horas, o Sistema de Pagamentos em Tempo Real (SPTR), que trata das operações interbancárias em todo o país, incluindo operações financeiras do Estado em kwanzas, segundo apurou o portal Maka Angola.

Trata-se, de um ataque de ransomware-um software de extorsão, em que os atacantes encriptam informações essenciais do banco e exigem um resgate monetário (em criptomoedas) para libertarem novamente o acesso da instituição à sua base de dados. O regulador accionou a empresa New Cognitos (ex-Tell IT) para responder ao ataque, porém considera sua intervenção ineficaz.

A Tell IT, do Grupo Mitrelli, do israelita Haim Taib, foi a responsável por instalar o Sistema de Protecção da Rede Informática do BNA, incluindo os equipamentos e as ferramentas de segurança para a protecção de dados, contra ataques e acessos indevidos à rede da instituição. 

No entanto, há anos que os técnicos do BNA reclamam contra o acesso irrestrito da empresa de Haim Taib aos sistemas de segurança do banco central.

O Sistema de Pagamentos em Tempo Real está interligado com o Sistema Integrado de Mercados e Gestão de Activos (SIGMA) do BNA e, é onde são feitas todas as transacções do mercado de activos, nomeadamente a compra e venda de títulos de tesouro e do banco central.

Nesta senda, o que se deve esperar de uma instituição como o banco central do país, em termos de transparência, é dar conta ao público sobre o sucedido, infelizmente, o BNA não comunicou publicamente o ataque sofrido.

Com Maka Angola

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