Governo angolano, pressionado com a crise, admite nova emissão de dívida externa.
Confirmação é do Ministro de Estado para a Coordenação Económica, que admite mesmo haver forte pressão nos preços dos bens de primeira necessidade no país. Para já, estão em cima de mesas que visem estimular o crescimento do sector não petrolífero. Massano não admite, mas analistas sugerem revisão em baixa do crescimento da riqueza nacional.
O Executivo angolano prepara-se para, em 2024 e nos anos subsequentes, lançar-se mais uma vez nos mercados internacionais para pedido de ajuda financeira, através de emissão de Eurobonds, revelou o ministro de Estado para a coordenação Económica, José de Lima Massano.
Massano, que falava recentemente à margem do fórum internacional ‘Angola Oil and Gas’, antevê o quadro como solução para acudir a pressão econômica e social por que passam maioria dos angolanos, e medida visa, desde já, ajudar no financiamento da economia, como forma de fazer cair expresso e aumentar o consumo.
Entretanto, o chefe da equipa económica do Governo de João Lourenço descarta para já que as emissões aconteçam já este ano, apontando os anos de 24 e os subsequentes como calendários próprios para o lançamento da operação.
“Não para este exercício. Neste exercício de 2023 não estamos a considerar a emissão de Eurobonds, estamos, de facto, a procurar organizar as nossas finanças públicas, para sermos capazes de executar o Orçamento Geral do Estado com os recursos que temos disponíveis. Portanto, Eurobonds podemos eventualmente considerar para exercícios seguintes”, avançou Massano.
Eurobond é um título de dívida (bond) lançado em uma moeda diferente da nacional. Eurobonds frequentemente são agrupados de acordo com a moeda em que foram emitidos; assim, podem existir Eurodollar ou Euro-yen bonds.
Assim, e como forma de manter o país operacional antes dos Eurobonds, o governante apelou ainda que, de momento, o foco do Governo tem sido a consolidação do sector não petrolífero. “O nosso grande desafio e onde continuamos a colocar grande energia é o sector não petrolífero. O sector petrolífero tem um caminho já muito próprio, muito consolidado, e alguns dos factores que acabam por impactar é na produção e no preço, e nós não temos uma influência muito directa. Então, o nosso foco tem sido o sector não petrolífero. É aí onde estamos a pôr grande energia e a nossa expectativa é que o sector não petrolífero continue a crescer, apesar deste cenário e contexto desafiante”, apelou o ministro, em resposta a uma pergunta do Kieto Economia.
Apesar da revisão em baixa do crescimento da economia global pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), José Massano tem esperança de que o quadro será diferente para Luanda, já que, e considerando o conjunto de medida de estímulo e de potenciação à economia, o Governo espera que, já neste ano de 2023, o sector petrolífero continue com um ritmo capaz de estar em linha com as taxas que se têm estado a verificar de crescimento da população.
“Ou seja, se no global, podermos ter uma taxa de crescimento mais branda comparativamente aos exercícios anteriores, já não é assim que estamos a olhar para o sector petrolífero. O sector petrolífero vai continuar a crescer, e a ser uma das molas impulsionadoras da inclusão social no nosso país”, atirou Massano.
Petróleo representa ainda 95% das exportações do País
José Massano não deixou de admitir que, apesar dos esforços de diversificação económica, o crude continua ainda a liderar em mais de 95% dos produtos de exportação do país, que é, aliás, o principal gerador de recursos em moeda estrangeira do país.
É com este dinheiro que o petróleo traz ao país que, segundo Massano, o Governo tenta dar condições a todos os angolanos. “O sector petrolífero é, sim, um catalisador de desenvolvimento desta economia, continua a representar cerca de 95% das nossas exportações, por isso da geração dos recursos cambiais, mas recursos que depois são utilizados para continuarmos a estimular os demais sectores da economia”, rematou o ex-governador do banco central angolano.
Ao Kieto Economia vários analistas apontam as fragilidades da nossa economia como um dos pontos que forçaram Angola a rever em baixa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Governo angolano, pressionado com a crise, admite nova emissão de dívida externa
Confirmação é do Ministro de Estado para a Coordenação Económica, que admite mesmo haver forte pressão nos preços dos bens de primeira necessidade no país. Para já, estão em cima de mesas que visem estimular o crescimento do sector não petrolífero. Massano não admite, mas analistas sugerem revisão em baixa do crescimento da riqueza nacional.
O Executivo angolano prepara-se para, em 2024 e nos anos subsequentes, lançar-se mais uma vez nos mercados internacionais para pedido de ajuda financeira, através de emissão de Eurobonds, revelou o ministro de Estado para a coordenação Económica, José de Lima Massano.
Massano, que falava recentemente à margem do fórum internacional ‘Angola Oil and Gas’, antevê o quadro como solução para acudir a pressão econômica e social por que passam maioria dos angolanos, e medida visa, desde já, ajudar no financiamento da economia, como forma de fazer cair expresso e aumentar o consumo.
Entretanto, o chefe da equipa económica do Governo de João Lourenço descarta para já que as emissões aconteçam já este ano, apontando os anos de 24 e os subsequentes como calendários próprios para o lançamento da operação.
“Não para este exercício. Neste exercício de 2023 não estamos a considerar a emissão de Eurobonds, estamos, de facto, a procurar organizar as nossas finanças públicas, para sermos capazes de executar o Orçamento Geral do Estado com os recursos que temos disponíveis. Portanto, Eurobonds podemos eventualmente considerar para exercícios seguintes”, avançou Massano.
Eurobond é um título de dívida (bond) lançado em uma moeda diferente da nacional. Eurobonds frequentemente são agrupados de acordo com a moeda em que foram emitidos; assim, podem existir Eurodollar ou Euro-yen bonds.
Assim, e como forma de manter o país operacional antes dos Eurobonds, o governante apelou ainda que, de momento, o foco do Governo tem sido a consolidação do sector não petrolífero. “O nosso grande desafio e onde continuamos a colocar grande energia é o sector não petrolífero. O sector petrolífero tem um caminho já muito próprio, muito consolidado, e alguns dos factores que acabam por impactar é na produção e no preço, e nós não temos uma influência muito directa. Então, o nosso foco tem sido o sector não petrolífero. É aí onde estamos a pôr grande energia e a nossa expectativa é que o sector não petrolífero continue a crescer, apesar deste cenário e contexto desafiante”, apelou o ministro, em resposta a uma pergunta do Kieto Economia.
Apesar da revisão em baixa do crescimento da economia global pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), José Massano tem esperança de que o quadro será diferente para Luanda, já que, e considerando o conjunto de medida de estímulo e de potenciação à economia, o Governo espera que, já neste ano de 2023, o sector petrolífero continue com um ritmo capaz de estar em linha com as taxas que se têm estado a verificar de crescimento da população.
“Ou seja, se no global, podermos ter uma taxa de crescimento mais branda comparativamente aos exercícios anteriores, já não é assim que estamos a olhar para o sector petrolífero. O sector petrolífero vai continuar a crescer, e a ser uma das molas impulsionadoras da inclusão social no nosso país”, atirou Massano.
Petróleo representa ainda 95% das exportações do País
José Massano não deixou de admitir que, apesar dos esforços de diversificação económica, o crude continua ainda a liderar em mais de 95% dos produtos de exportação do país, que é, aliás, o principal gerador de recursos em moeda estrangeira do país.
É com este dinheiro que o petróleo traz ao país que, segundo Massano, o Governo tenta dar condições a todos os angolanos. “O sector petrolífero é, sim, um catalisador de desenvolvimento desta economia, continua a representar cerca de 95% das nossas exportações, por isso da geração dos recursos cambiais, mas recursos que depois são utilizados para continuarmos a estimular os demais sectores da economia”, rematou o ex-governador do banco central angolano.
Ao Kieto Economia vários analistas apontam as fragilidades da nossa economia como um dos pontos que forçaram Angola a rever em baixa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
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