Vinho não certificado "de mesa" é o mais consumido em Portugal.

O vinho de mesa foi considerado, recentemente, pela empresa líder mundial em análise de dados, Nielsen Holding, como o mais consumido atingindo um crescimento de dez por cento, muito acima dos 8,4 porcento da inflação actual em Portugal.

De acordo com esta fonte,  no primeiro trimestre do ano em curso (2023) o consumo de vinho nos restaurantes está a aumentar a dois dígitos, tornando-se o mais vendido, tanto nos supermercados como nos restaurantes.

O aumento considerado do consumo do vinho foi registado devido o fim da pandemia, em que os portugueses estão cada vez mais a consumir nos restaurantes em detrimento da grande distribuição.

A informação dá conta que nos primeiros três meses do ano, o sector do vinho perdeu 6,7 porcento em volume e 1,1 porcento em valor na distribuição.

Na área de restauração, o impulso provém também pelo turismo registando nas vendas de vinhos nacionais um crescimento de 19 porcento em volume e 22 porcento em valor.

O preço por litro aumentou apenas 2,6%. Na soma dos dois canais, o preço cresceu 10,1 porcento, acima da inflação que, no período, se situou nos 8,4 porcento.

Para situar os factos acima mencionado, sublinha a empresa, está em caus a venda de quase 65 milhões de litros de vinho, nos primeiros três meses do ano, comparando com o período homólogo (+0,2 porcento), pelo valor total de 264,4 milhões de euros, um aumento de 10,3 por cento.

O preço médio por litro foi de 4,07 euros, contra os 3,70 do primeiro trimestre de 2022, o tal aumento de 10,1por cento. A diferença entre os dois canais de venda é abismal: preço médio de 6,92 euros na restauração e de 2,72 euros na distribuição.

De acordo com os dados desta empresa Nielsen mostram que os vinhos certificados valem 43,2 porcento do volume e 64,5 porcento do valor total, com vendas de mais de 28 milhões de litros e 170,5 milhões de euros.

O preço médio dos vinhos certificados subiu 11 porcento para 6,07 euros o litro, sendo que o valor médio pago pelo consumidor nos supermercados foi de 4,17 euros e de 11,56 euros nos restaurantes.

Voltando para os vinhos não certificados, o chamado vinho de mesa, o preço médio é de 2,55 euros por litro, e cresceu 10,2 porcento, o resultado de uma subida de 7,1 porcento do preço médio na distribuição, onde passou de 1,32 para 1,42 euros o litro, e de uma descida de quase um (1) porcento nos restaurantes, passando de 4,51 euros para 4,47 euros.

Sem surpresas, o Alentejo é o líder destacado nas vendas de vinho certificado no mercado nacional, com uma quota de 35,9 porcento em volume (mais de 10 milhões de litros) e de 37,5 porcento em valor (quase 64 milhões de euros).

Segue-se, em volume, a Península de Setúbal (cinco milhões de litros e uma quota de 18 porcento), o Minho (3,9 milhões de litros e 13,9 porcento de quota) e o Douro (3,8 milhões a corresponder a 13,6 por cento do mercado).

 Mas em valor, o Douro ascende à segunda posição, com a venda de vinhos DOC e IG a gerarem 37,3 milhões de euros (21,9 por cento de quota), seguindo-se os DOC Vinho Verde e IG Minho (21,8 milhões de euros, que correspondem a 12,8 porcento do mercado) e a Península de Setúbal com 20,6 milhões de euros e uma quota de 12,1 porcento.

Em termos de preço médio, os vinhos certificados do Algarve são os mais caros (13,04 euros o litro), seguindo-se o Douro (9,72 euros), Terras de Cister (9,40 euros) e Trás-os-Montes (7,17 euros).

Apesar dos preços dos vinhos certificados do Minho registarem o segundo maior aumento em termos percentuais a nível nacional (17,8 porcento), a região tem o quarto preço mais baixo do país (5,57 euros o litro), a seguir ao Tejo (3,81 euros), Península de Setúbal (4,07 euros) e Terras da Beira (4,99).

Com um crescimento de 31,3 porcento, correspondente a mais 2,24 euros por litro do que no período similar, os vinhos certificados de Terras de Cister registaram o maior aumento percentual.

O impressionante esclarece a análise da fonte é que na distribuição assim, como  na restauração, o vinho mais vendido é o chamado vinho de mesa, ou seja, o não certificado, que tem uma quota de 51,6 porcento das vendas nos super e hipermercados e de 64,6 porcento na restauração.

Quanto ao tipo de acondicionamento, 50,5 porcento dos 20,8 milhões de litros vendidos nos restaurantes nos três primeiros meses do ano foram vinhos em bag in box (embalagem em formato de saco dentro de uma caixa).

Os engarrafados, que representam 49,3 porcento do vinho vendido nos super e hipermercados, não vão além dos 35,9 porcento nos restaurantes.

O facto de o preço médio por litro de vinho engarrafado nos restaurantes ter sido de 11,80 euros e dos bag in box de apenas 4,15 euros ajudará a explicar o fenómeno. Na distribuição, o preço por litro em garrafa foi de 4,18 euros e de 1,41 euros por litro em bag in box.

Fonte:Revista Dinheiro Vivo

Vinho não certificado "de mesa" é o mais consumido em Portugal

O vinho de mesa foi considerado, recentemente, pela empresa líder mundial em análise de dados, Nielsen Holding, como o mais consumido atingindo um crescimento de dez por cento, muito acima dos 8,4 porcento da inflação actual em Portugal.

Ago 14, 2023 - 15:36
Última atualização   - 17:01
Vinho não certificado "de mesa" é o mais consumido em Portugal
© Fotografia por: DR
Vinho de mesa “não certificado” atingem quota de 51,6% das vendas nos súper e hipermercados e 64,6% na restauração

De acordo com esta fonte,  no primeiro trimestre do ano em curso (2023) o consumo de vinho nos restaurantes está a aumentar a dois dígitos, tornando-se o mais vendido, tanto nos supermercados como nos restaurantes.

O aumento considerado do consumo do vinho foi registado devido o fim da pandemia, em que os portugueses estão cada vez mais a consumir nos restaurantes em detrimento da grande distribuição.

A informação dá conta que nos primeiros três meses do ano, o sector do vinho perdeu 6,7 porcento em volume e 1,1 porcento em valor na distribuição.

Na área de restauração, o impulso provém também pelo turismo registando nas vendas de vinhos nacionais um crescimento de 19 porcento em volume e 22 porcento em valor.

O preço por litro aumentou apenas 2,6%. Na soma dos dois canais, o preço cresceu 10,1 porcento, acima da inflação que, no período, se situou nos 8,4 porcento.

Para situar os factos acima mencionado, sublinha a empresa, está em caus a venda de quase 65 milhões de litros de vinho, nos primeiros três meses do ano, comparando com o período homólogo (+0,2 porcento), pelo valor total de 264,4 milhões de euros, um aumento de 10,3 por cento.

O preço médio por litro foi de 4,07 euros, contra os 3,70 do primeiro trimestre de 2022, o tal aumento de 10,1por cento. A diferença entre os dois canais de venda é abismal: preço médio de 6,92 euros na restauração e de 2,72 euros na distribuição.

De acordo com os dados desta empresa Nielsen mostram que os vinhos certificados valem 43,2 porcento do volume e 64,5 porcento do valor total, com vendas de mais de 28 milhões de litros e 170,5 milhões de euros.

O preço médio dos vinhos certificados subiu 11 porcento para 6,07 euros o litro, sendo que o valor médio pago pelo consumidor nos supermercados foi de 4,17 euros e de 11,56 euros nos restaurantes.

Voltando para os vinhos não certificados, o chamado vinho de mesa, o preço médio é de 2,55 euros por litro, e cresceu 10,2 porcento, o resultado de uma subida de 7,1 porcento do preço médio na distribuição, onde passou de 1,32 para 1,42 euros o litro, e de uma descida de quase um (1) porcento nos restaurantes, passando de 4,51 euros para 4,47 euros.

Sem surpresas, o Alentejo é o líder destacado nas vendas de vinho certificado no mercado nacional, com uma quota de 35,9 porcento em volume (mais de 10 milhões de litros) e de 37,5 porcento em valor (quase 64 milhões de euros).

Segue-se, em volume, a Península de Setúbal (cinco milhões de litros e uma quota de 18 porcento), o Minho (3,9 milhões de litros e 13,9 porcento de quota) e o Douro (3,8 milhões a corresponder a 13,6 por cento do mercado).

 Mas em valor, o Douro ascende à segunda posição, com a venda de vinhos DOC e IG a gerarem 37,3 milhões de euros (21,9 por cento de quota), seguindo-se os DOC Vinho Verde e IG Minho (21,8 milhões de euros, que correspondem a 12,8 porcento do mercado) e a Península de Setúbal com 20,6 milhões de euros e uma quota de 12,1 porcento.

Em termos de preço médio, os vinhos certificados do Algarve são os mais caros (13,04 euros o litro), seguindo-se o Douro (9,72 euros), Terras de Cister (9,40 euros) e Trás-os-Montes (7,17 euros).

Apesar dos preços dos vinhos certificados do Minho registarem o segundo maior aumento em termos percentuais a nível nacional (17,8 porcento), a região tem o quarto preço mais baixo do país (5,57 euros o litro), a seguir ao Tejo (3,81 euros), Península de Setúbal (4,07 euros) e Terras da Beira (4,99).

Com um crescimento de 31,3 porcento, correspondente a mais 2,24 euros por litro do que no período similar, os vinhos certificados de Terras de Cister registaram o maior aumento percentual.

O impressionante esclarece a análise da fonte é que na distribuição assim, como  na restauração, o vinho mais vendido é o chamado vinho de mesa, ou seja, o não certificado, que tem uma quota de 51,6 porcento das vendas nos super e hipermercados e de 64,6 porcento na restauração.

Quanto ao tipo de acondicionamento, 50,5 porcento dos 20,8 milhões de litros vendidos nos restaurantes nos três primeiros meses do ano foram vinhos em bag in box (embalagem em formato de saco dentro de uma caixa).

Os engarrafados, que representam 49,3 porcento do vinho vendido nos super e hipermercados, não vão além dos 35,9 porcento nos restaurantes.

O facto de o preço médio por litro de vinho engarrafado nos restaurantes ter sido de 11,80 euros e dos bag in box de apenas 4,15 euros ajudará a explicar o fenómeno. Na distribuição, o preço por litro em garrafa foi de 4,18 euros e de 1,41 euros por litro em bag in box.

Fonte:Revista Dinheiro Vivo

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