BFA segue Banco Sol e já é a segunda instituição bancária nacional com maior número de gestores ligados ao MPLA.
Em clara violação das normas contra a lavagem de dinheiro e tráfico de influência, o Banco Central deixou passar uma lista dos membros dos órgãos sociais do BFA cheia de quadros do partido MPLA e homens de confiança da governação de João Lourenço. Trata-se do antigo ministro das Finanças, Armando Manuel, Alcides Safeca, antigo secretário de Estado do Tesouro, Filomenos Ceita, antigo gestor do BCI da era estatal, e o mais antigo gestores das empresas do MPLA, Coutinho Nobre Miguel, que já dirigiu o Banco Sol, participado pela GEFI.
Dário do Leste
Apontado como o novo ‘banco do MPLA’, o Banco de Fomento Angola (BFA) colocou na liderança da sua gestão vários rostos conhecidos da política nacional. De ex-ministros a ex-secretários de Estado, passando ainda por outras figuras do cenário político doméstico, nomeadamente os ‘dinossauros’ do maior partido angolano e que governa o País desde que se tornou independente do domínio colonial português.
Trata-se do antigo ministro das Finanças, Armando Manuel, Alcides Safeca, antigo secretário de Estado do Tesouro, Filomenos Ceita, antigo gestor do BCI da era estatal, e o mais antigo gestores das empresas do MPLA, Coutinho Nobre Miguel, que já dirigiu o Banco Sol, participado pela GEFI, braço empresarial do MPLA e paga salário a vários ‘consultores’ e opinion makers do espaço mediático nacional.
Com a entrada destas figuras aos órgãos sociais do BFA, aquele banco privado passa assim, pelo menos na prática, estar sob controlo de homens de confiança do actual poder. Ou seja, o País criou mais um segundo Banco Sol, outra entidade que até o próprio Presidente da República já foi accionista e, julga-se, estar representado por figuras da actual estrutura accionista.
Assim, e em clara violação das normas contra a lavagem de dinheiro e tráfico de influência, o Banco Central de Manuel Tiago Dias deixou passar uma lista dos membros dos órgãos sociais do BFA cheia de quadros do partido MPLA e homens de confiança da governação de João Lourenço.
Em causa, fica a lisura e transparência dos processos de crédito, compliance e até da própria gestão. Aliás, este receio vem até de quem milita com estas figuras dentro do Partido MPLA e da própria administração Pública.
Ao Kieto Economia, vários ex-gestores e banqueiros manifestaram preocupação com a forma como o BNA tem estado a conduzir a supervisão bancária nacional. Um grupo de ex-donos de bancos apontaram os episódios que fizeram falir os bancos BANC, do falecido General Kundi Paihama e o Banco Kwanza Invest, do filho varão do falecido ex-presidente da República, José Eduardo dos Santos, como o destino certo para o actual BFA.
Dão ainda exemplo da gestão ruinosa de Coutinho Nobre Miguel que esteve anos a fio ligados ao Banco Sol e à GEFI. Segundo analistas que pediram para não serem identificados, Coutinho Miguel quase faliu o Banco Sol. Aliás, apontam como exemplo o facto de o BNA ter instruído uma inspecção àquela instituição que apanhou inúmeras irregularidades no controlo interno do banco.
De receios não é tudo. As pessoas indicadas para os órgãos sociais não só são do MPLA, como também são Pessoas Politicamente Expostas (PEPs, na sigla em inglês).
De acordo com a Lei de prevenção e combate ao branqueamento de capitais, são pessoas politicamente expostas os indivíduos nacionais ou estrangeiros que desempenham, ou desempenharam, funções públicas proeminentes em Angola, ou em qualquer outro país ou jurisdição ou em qualquer organização internacional. Na prática, serão PEP quem mantiver qualquer tipo de influência em termos políticos.
São considerados altos cargos de natureza política ou pública, entre outros, os de Presidente da República ou Chefe de Estado; vice -presidente da República; órgãos auxiliares do Presidente da República, ou membros de governo, designadamente ministros de Estado, secretários de Estado e vice-ministros e outros cargos ou funções equiparadas. Integram ainda a lista os oficiais generais das Forças Armadas e oficiais comissários das forças de segurança e ordem interna. (...).
BFA segue Banco Sol e já é a segunda instituição bancária nacional com maior número de gestores ligados ao MPLA
Em clara violação das normas contra a lavagem de dinheiro e tráfico de influência, o Banco Central deixou passar uma lista dos membros dos órgãos sociais do BFA cheia de quadros do partido MPLA e homens de confiança da governação de João Lourenço. Trata-se do antigo ministro das Finanças, Armando Manuel, Alcides Safeca, antigo secretário de Estado do Tesouro, Filomenos Ceita, antigo gestor do BCI da era estatal, e o mais antigo gestores das empresas do MPLA, Coutinho Nobre Miguel, que já dirigiu o Banco Sol, participado pela GEFI.
Dário do Leste
Apontado como o novo ‘banco do MPLA’, o Banco de Fomento Angola (BFA) colocou na liderança da sua gestão vários rostos conhecidos da política nacional. De ex-ministros a ex-secretários de Estado, passando ainda por outras figuras do cenário político doméstico, nomeadamente os ‘dinossauros’ do maior partido angolano e que governa o País desde que se tornou independente do domínio colonial português.
Trata-se do antigo ministro das Finanças, Armando Manuel, Alcides Safeca, antigo secretário de Estado do Tesouro, Filomenos Ceita, antigo gestor do BCI da era estatal, e o mais antigo gestores das empresas do MPLA, Coutinho Nobre Miguel, que já dirigiu o Banco Sol, participado pela GEFI, braço empresarial do MPLA e paga salário a vários ‘consultores’ e opinion makers do espaço mediático nacional.
Com a entrada destas figuras aos órgãos sociais do BFA, aquele banco privado passa assim, pelo menos na prática, estar sob controlo de homens de confiança do actual poder. Ou seja, o País criou mais um segundo Banco Sol, outra entidade que até o próprio Presidente da República já foi accionista e, julga-se, estar representado por figuras da actual estrutura accionista.
Assim, e em clara violação das normas contra a lavagem de dinheiro e tráfico de influência, o Banco Central de Manuel Tiago Dias deixou passar uma lista dos membros dos órgãos sociais do BFA cheia de quadros do partido MPLA e homens de confiança da governação de João Lourenço.
Em causa, fica a lisura e transparência dos processos de crédito, compliance e até da própria gestão. Aliás, este receio vem até de quem milita com estas figuras dentro do Partido MPLA e da própria administração Pública.
Ao Kieto Economia, vários ex-gestores e banqueiros manifestaram preocupação com a forma como o BNA tem estado a conduzir a supervisão bancária nacional. Um grupo de ex-donos de bancos apontaram os episódios que fizeram falir os bancos BANC, do falecido General Kundi Paihama e o Banco Kwanza Invest, do filho varão do falecido ex-presidente da República, José Eduardo dos Santos, como o destino certo para o actual BFA.
Dão ainda exemplo da gestão ruinosa de Coutinho Nobre Miguel que esteve anos a fio ligados ao Banco Sol e à GEFI. Segundo analistas que pediram para não serem identificados, Coutinho Miguel quase faliu o Banco Sol. Aliás, apontam como exemplo o facto de o BNA ter instruído uma inspecção àquela instituição que apanhou inúmeras irregularidades no controlo interno do banco.
De receios não é tudo. As pessoas indicadas para os órgãos sociais não só são do MPLA, como também são Pessoas Politicamente Expostas (PEPs, na sigla em inglês).
De acordo com a Lei de prevenção e combate ao branqueamento de capitais, são pessoas politicamente expostas os indivíduos nacionais ou estrangeiros que desempenham, ou desempenharam, funções públicas proeminentes em Angola, ou em qualquer outro país ou jurisdição ou em qualquer organização internacional. Na prática, serão PEP quem mantiver qualquer tipo de influência em termos políticos.
São considerados altos cargos de natureza política ou pública, entre outros, os de Presidente da República ou Chefe de Estado; vice -presidente da República; órgãos auxiliares do Presidente da República, ou membros de governo, designadamente ministros de Estado, secretários de Estado e vice-ministros e outros cargos ou funções equiparadas. Integram ainda a lista os oficiais generais das Forças Armadas e oficiais comissários das forças de segurança e ordem interna. (...).
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