FMI prevê em baixa o crescimento da economia angolana para 0,9% até o final do ano.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou em baixa a previsão dos indicadores do crescimento da economia nacional, que passou de 3,5 por cento para 0,9 por cento este ano face a queda da produção de petróleo.

A antecipação em baixa teve como principal causa o decréscimo da produção petrolífera, o principal sustentáculo da economia angolana, com a recessão de 6,1 por cento, na qual esperava-se um crescimento de dois por cento, o recuo do setor petrolífero é justificado por perdas nas operações de manutenção temporária que se prolongaram entre finais de 2022 e o primeiro semestre deste ano.

O programa de assistência financeira do FMI, onde se destaca à revisão em baixa de alguns indicadores, nomeadamente o PIB que abrandou, este considera adequada a capacidade do país em pagar as instituições financeiras.

O Conselho executivo do FMI realça que as reformas bem-sucedidas associadas aos preços do brent suportaram a recuperação económica de Angola entre os anos de 2021 a 2022, no qual a produção teve um declínio de 1.205 milhões de barris por dia previstos para fevereiro de 2023 contra os 1.026 milhões de barris obtidos na produção diária.

Por sua vez, o FMI prevê uma desaceleração do crescimento para 0,9 por cento em 2023, com a possibilidade de estabilizar em cerca de 3,4 por cento num curto período de tempo, apoiado pelas reformas estruturais da diversificação económica e compromisso assumido pelas autoridades locais.

Prevê-se que a inflação aumente provisoriamente este ano e em 2024, devido ao aumento dos preços da energia relacionados com a reforma dos subsídios aos combustíveis, e que a posterior diminua.

A descida dos preços e da produção da commodity no primeiro semestre de 2023, refletiu-se na diminuição das exportações e das receitas petrolíferas, com impacto nos setores fiscal e externo, e na depreciação significativa das taxas de câmbio em junho.

Na sequência da desvalorização da moeda nacional e retirada parcial dos subsídios aos combustíveis, a inflação que estava na ordem 10,6 por cento em maio, subiu para 11,3 por cento em junho, pela primeira vez em 15 meses consecutivos.

Embora as perspetivas fiscais de curto prazo tenham piorado, o governo angolano deve alcançar as metas fiscais de médio prazo para que consiga atingir o pico em 2026, isso se implementar integralmente a reforma dos subsídios aos combustíveis, considera o FMI.

 

No entanto, os riscos associados a acentuada descida em relação ao esperado nos preços mundiais deu-se a fraca produção de um dos recursos naturais mais valiosos e amplamente utilizado em todo o mundo.

Apesar dos riscos elevados, a capacidade de Angola para reembolsar o Fundo é adequada e, os pagamentos poderão crescer num período de médio prazo.

Para isso, Angola deve adotar medidas de política fiscal para mobilizar receitas internas não petrolíferas e realizar mais progressos na agenda estrutural orçamental, incluindo a gestão das finanças e do investimento público, recomendou o FMI.

De acordo com o presságio de fevereiro do ano em curso, o sector não petrolífero, como a agricultura e pecuária, pescas, indústria transformadora, indústria extrativa, comércio, construção e dos transportes teve um avanço de 3,4 por cento que estiveram na base do crescimento verificado.

 

Fonte: Lusa

FMI prevê em baixa o crescimento da economia angolana para 0,9% até o final do ano

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou em baixa a previsão dos indicadores do crescimento da economia nacional, que passou de 3,5 por cento para 0,9 por cento este ano face a queda da produção de petróleo.

Set 11, 2023 - 11:06
FMI prevê em baixa o crescimento da economia angolana para 0,9% até o final do ano
© Fotografia por: DR
FMI prevê em baixa o crescimento da economia angolana para 0,9% até o final do ano

A antecipação em baixa teve como principal causa o decréscimo da produção petrolífera, o principal sustentáculo da economia angolana, com a recessão de 6,1 por cento, na qual esperava-se um crescimento de dois por cento, o recuo do setor petrolífero é justificado por perdas nas operações de manutenção temporária que se prolongaram entre finais de 2022 e o primeiro semestre deste ano.

O programa de assistência financeira do FMI, onde se destaca à revisão em baixa de alguns indicadores, nomeadamente o PIB que abrandou, este considera adequada a capacidade do país em pagar as instituições financeiras.

O Conselho executivo do FMI realça que as reformas bem-sucedidas associadas aos preços do brent suportaram a recuperação económica de Angola entre os anos de 2021 a 2022, no qual a produção teve um declínio de 1.205 milhões de barris por dia previstos para fevereiro de 2023 contra os 1.026 milhões de barris obtidos na produção diária.

Por sua vez, o FMI prevê uma desaceleração do crescimento para 0,9 por cento em 2023, com a possibilidade de estabilizar em cerca de 3,4 por cento num curto período de tempo, apoiado pelas reformas estruturais da diversificação económica e compromisso assumido pelas autoridades locais.

Prevê-se que a inflação aumente provisoriamente este ano e em 2024, devido ao aumento dos preços da energia relacionados com a reforma dos subsídios aos combustíveis, e que a posterior diminua.

A descida dos preços e da produção da commodity no primeiro semestre de 2023, refletiu-se na diminuição das exportações e das receitas petrolíferas, com impacto nos setores fiscal e externo, e na depreciação significativa das taxas de câmbio em junho.

Na sequência da desvalorização da moeda nacional e retirada parcial dos subsídios aos combustíveis, a inflação que estava na ordem 10,6 por cento em maio, subiu para 11,3 por cento em junho, pela primeira vez em 15 meses consecutivos.

Embora as perspetivas fiscais de curto prazo tenham piorado, o governo angolano deve alcançar as metas fiscais de médio prazo para que consiga atingir o pico em 2026, isso se implementar integralmente a reforma dos subsídios aos combustíveis, considera o FMI.

 

No entanto, os riscos associados a acentuada descida em relação ao esperado nos preços mundiais deu-se a fraca produção de um dos recursos naturais mais valiosos e amplamente utilizado em todo o mundo.

Apesar dos riscos elevados, a capacidade de Angola para reembolsar o Fundo é adequada e, os pagamentos poderão crescer num período de médio prazo.

Para isso, Angola deve adotar medidas de política fiscal para mobilizar receitas internas não petrolíferas e realizar mais progressos na agenda estrutural orçamental, incluindo a gestão das finanças e do investimento público, recomendou o FMI.

De acordo com o presságio de fevereiro do ano em curso, o sector não petrolífero, como a agricultura e pecuária, pescas, indústria transformadora, indústria extrativa, comércio, construção e dos transportes teve um avanço de 3,4 por cento que estiveram na base do crescimento verificado.

 

Fonte: Lusa

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